quarta-feira, 8 de outubro de 2014

DE SANTOS E DE LOUCOS TODOS TEMOS UM POUCO



O professor da disciplina de fotografia digital, Ian Costa, solicitou uma atividade prática como critério de pontuação da matéria. O exercício foi em grupos de no mínimo 3 e máximo de 6 pessoas. Foram sorteados temas para cada grupo fazer um ensaio fotográfico conceitual relacionando esse tema.

Esse exercício foi feito antes da realização a avaliação da disciplina de fotografia digital, e ao manusearmos e termos um maior contato com câmeras profissionais, pudemos perceber cada detalhe que estudamos em sala, fator esse que contribuiu para que tivéssemos um maior entendimento sobe os assuntos abordados nas aulas. Além de termos aprendido mais sobre fotografia, também nos divertimos bastante fazendo esse trabalho.


O trabalho que iremos apresentar foi contemplado com o tema loucura. Ao pesquisarmos sobre esse tema, analisamos que falar desse assunto nos dias atuais é muito relativo, pois o assunto já foi alvo de situações bastante conflituosas, e hoje é percebemos que o termo ganhou outros outros valores, visto até como um "estilo de vida" ou uma forma de escapismo dessa realidade dura e crua.

Abaixo, iremos apresentar a proposta do trabalho, mostrando o conceito elaborado e as fotografias que foram utilizadas para compor este ensaio.


CAPA





MEMORIAL




FOTOS

“Cada momento da vida seria triste, fastidioso, insípido,
aborrecido, se não houvesse prazer, se não fosse animado pelo
tempero da loucura.”

“Mas de onde vêm os encantos das crianças senão de mim,
que lhes poupo a razão e, ao mesmo tempo, as preocupações?”

“Quando não possuímos uma coisa, o melhor é fingir que a
possuímos.”

“Os homens mais felizes são aqueles que puderam se
distanciar o mais possível das ciências e refugiar- se junto da
sua única mestra, a natureza.”
 
“Somente a loucura é que consegue refrear o rápido correr da
juventude, somente a loucura é que de nos afasta a velhice
importuna.”

“Loucura não é o mundo em que vivemos. loucura é o próprio
mundo que construímos.”

“A loucura torna a vida suportável.”

“É inútil para a mulher por uma máscara, pois ela permanece
sempre mulher, isto é, louca.”




É importante também destacarmos a mistura de linguagens usada no trabalho, a junção da fotografia com a filosofia deixou o trabalho mais encorpado. O livro Elogio da Loucura de Erasmo de Rotterdam, que serviu como base para o ensaio, é uma obra que foi escrita em 1509 e publicada em 1511, uma obra que é  antiga pelo seu tempo de existência, mas atual no seu contexto. O trabalho contextualizado dessa maneira, desperta o interesse pela leitura (mesmo que de tópicos), e permite que tenhamos um contato com uma obra tão rica e que muitas vezes torna-se esquecida em prateleiras de livrarias e bibliotecas, pelo fato das pessoas estarem acostumadas com esse mundo dinâmico e moderno em que vivemos. 
Essa confluência de linguagens vista neste ensaio, mostra que o conhecimento não ficou limitado apenas à fotografia em si, mas sim à união de ideias que puderam render um trabalho mais completo e consistente. Qualquer profissional que queira ter seu trabalho diferenciado, reconhecido e valorizado é preciso também ficar ciente que é necessário estar inserido em outros contextos, e que assim se façam outras relações com as várias manisfestações de pensamentos e criações, como a pintura, o cinema, a música, a literatura, pois o conhecimento é intrínseco, e uma das principais armas que temos ao nosso favor, algo que ninguém pode nos roubar. 

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